Mais sobre a lei que obriga parte dos brasileiros a pagar o dobro do que outra parte, ou seja, a lei da meia-entrada

Já tinha tratado o assunto antes aqui

Pois agora sai um estudo que mostra o que já é óbvio para quem tem conhecimento básico de economia, a meia-entrada não traz benefícios reais para quem a recebe. É tudo ilusão que só favorece dois grupos, quem distribui a carteirinha de estudante e os políticos que passam a imagem de estar lutando contra as injustiças sociais.

Mais, o estudo evidencia também que Não há transferência de renda nos efeitos reais dessa política equivocada. Ao contrário, a média de renda do beneficiado é superior a quem paga o benefício!

Deixem o livre mercado funcionar! 

As soluções apresentadas são apenas remendos, não há solução possível para um problema que tem seus fundamentos completamente equivocados. Na verdade há, a extinção da lei e seus efeitos. 

A meia-entrada é acima de tudo uma estupidez monumental! Tanto para quem usa o falso benefício como quem tem que pagar o dobro para justificar o preço do ingresso. Sim, pois seria mais fácil para os produtores darem meia-entrada para todo mundo, mas como tem que justificar a meia-entrada, alguns poucos (estima-se que menos de 20% dos pagantes) tem que pagar o dobro. Um absurdo.

Só para deixar mais evidente a burrice generalizada: qual o sentido de passar alguns anos pagando um valor X para passar o resto da vida pagando 2X? Tirem as camadas de mentira e no final vocês tem a realidade:

1) O preço dos ingressos são quase o dobro do que seriam sem a lei;

2) Quem recebe o benefício agora vai passar mais tempo depois pagando o dobro;

3) Normalmente quem recebe o benefício ganha mais do que quem está pagando;

4) Só se beneficia em realidade quem emite as carteiras. E quem emite? Um aparelho comunista chamado UNE, controlado pelo… PCdoB! Só no Brasil um partido comunista controla uma entidade que teoricamente representaria todos os estudantes do país!

Diga não a essa droga! 

Ou extingue a lei da meia-entrada ou a expande para todo mundo. 

E não aparece um partido para defender essa bandeira! País sem direita é um país sem democracia.

Rock In Rio 2

Deixa eu ver se entendi…

Nas últimas semanas tivemos os seguintes crimes noticiados:

Um menor drogado assalta e mata um universitário a sangue frio.

Uma quadrilha de drogados taca fogo em uma destista revoltados por ela ter apenas 30 reais no banco. Detalhe, foram para o assalto de audi.

Um outro drogado invade um ônibus na avenida brasil, assalta todo mundo e estupra uma mulher, tudo às seis horas da tarde!

Todas as vítimas eram pobres. Nem todos os assassinos eram. Estranho país onde quem tem mais assalta quem tem menos, não é mesmo?

E os descolados se reunem em Brasília, com patrocínio do ministério da educação, já falei que tinhamq eu fechar esta porcaria, ONGs que vivem de dinheiro público, para “debater” a liberação das drogas?

Nos jornais, a mídia, que ocupou o lugar do que seria alta cultura, estranha que os pobres sejam tão atrasados a ponto de não entenderem sua visão progressista. Vai ver que é porque:

– pobre anda de ônibus
– pobre é assaltado por drogados
– pobre é estuprado por drogados
– pobre é queimado vivo por drogados
– pobre tem os filhos captados pelo tráfico
– pobre convive diariamente com a violência provocada pelas drogas
– pobre não vive em condomínio fechado
– pobre não tem como se isolar da sociedade, pelo menos da parte que não presta

Realmente, não dá para entender porque os mais pobres não compreendem tanta visão!

Nojo deste pessoal que acha que sabe o que é melhor para os outros. Nojo deste pessoal que pelo prazer de se drogar em paz estão pouco se lixando para o que acontece para os outros. Nojo deste pessoal que por sua ideologia fecham os olhos para a realidade.

E por fim, mais uma vez, um obrigado todo especial ao Supremo Tribunal Federal que rasgou a constituição e permitiu a apologia explícita ao uso de drogas como forma de liberdade de expressão.

Warren Haynes, o incansável!

Ontem fomos no show do Gov’t Mule no belíssimo Mahalia Jackson Theater em New Orleans.

A banda tocou por mais de três horas. Simplesmente não pareciam querer parar. Chamaram meio mundo para tocar jams no palco com eles, aproveitando o Jazz Fest que está acontecendo na cidade.

Um set muito interessante, que não se prendeu no óbvio e de quebra inseriu covers como Whole Lotta Love, Love Me Do e Mr Fantasy. No palco, uma banda tocando o fino, com Haynes comandando o show.

O cara tem sua banda solo, o Gov’t Mule e ainda encontra tempo para tocar no Allman Brothers. Vai do blues até o reggae, passando por rock e soul. Um mestre!

Sobre o casamento gay

Até hoje não escrevi nada sobre o casamento gay neste blog, e de certa forma não será agora. O objetivo deste post é apenas mostrar uma forma de abordagem sobre o assunto, que de certa forma explica o porquê de não ter me posicionado sobre o tema. 

O grande problema que vejo na questão é  como se coloca a discussão. Antes de qualquer coisa, é bom lembrar que o STF já se posicionou e impediu que houvesse qualquer discussão séria na sociedade sobre o assunto. Na verdade, ele surrupiou, como de praxe, o papel do poder legislativo, mas não vou entrar neste debate. Isso é passado. 

O que se discute nos dias de hoje, e ganhou um certo destaque pela tentativa de desqualificar Marcos Feliciano, é se a pessoa é contra ou a favor do casamento gay.

Questões sérias devem ser tratadas de forma séria, com todos os cuidados devidos. Uma característica da cultura moderna, bem descrito por Ortega y Gasset, é que todos possuem opinião sobre todos os assuntos. É quase uma obrigação social. Declarar que não tem opinião é visto como um pecado social, uma espécie de alienação, um ato de covardia. O homem moderno simplesmente tem que ter uma opinião. 

Outro problema na abordagem, é que uma lei é analisada apenas por seus efeitos, especialmente os visíveis. Quando se fala em casamento gay, a imagem é de duas pessoas que se amam finalmente poderem se posicionar perante o juiz e receber o mesmo contrato que um casal heterossexual recebe. Sendo assim é fácil se posicionar, é um ato claro de duas pessoas sendo limitadas em um direito que outras pessoas possuem. Ir contra este direito é ser essencialmente anti-democrático, para dizer o mínimo.

Mas e se esta abordagem, centrada nos efeitos pretendidos por uma lei, não for a melhor forma para analisar a questão? Será que não se trata de uma forma imediatista e superficial de considerar o assunto?

Vou sugerir uma outra forma de considerar o problema, e que pode servir para todas as leis estabelecidas por uma sociedade. Basicamente uma lei refere-se a um assunto e com base em alguns princípios estabelece uma formulação para atingir um determinado objetivo. O que sugere algumas perguntas básicas:

  • A que se refere a lei substancialmente? 
  • Por que se deve legislar sobre este objeto?
  • Qual o objetivo da lei?
  • Esta formulação contribui para este objetivo?
  • Que outros efeitos esta formulação provocará?

No caso do casamento gay minha primeira pergunta, que ainda tento responder, é: o que é casamento?

Sim, muito se fala sobre o casamento gay mas será que sabemos realmente o que é um casamento? Em sua substância? Não estou falando de definição de dicionário, mas do que efetivamente se trata um casamento. Parece óbvio que sem saber responder esta pergunta o posicionamento sobre a questão não tem a menor base. Como posso ter opinião sobre algo que não sei direito o que é?

Depois de passar por esta etapa, vem a segunda pergunta, igualmente fundamental: O casamento deve ser objeto de legislação do estado? Por que? Em todo ou em parte? Sob certos aspectos ou de maneira integral? 

Sinto dizer que se você nunca pensou seriamente nessas questões a sua opinião sobre o assunto  vale absolutamente nada. É um completo chute. Não adianta enumerar uma série de argumentos retirados da cultura atual e muito provavelmente baseado em falso sentimentalismo. Uma opinião vale pelo esforço sincero que você levou para chegar nela. Se este esforço foi nenhum, ela não vale um centavo. E se você quer convencer alguém que está certo, você pode não saber, mas é um sofista. Não sabe o que é um sofista? Vai pesquisar! O conhecimento também só tem valor pelo esforço para obtê-lo.

Não, eu não sei a resposta para as perguntas que coloquei. Exatamente por isso posso dizer que ão tenho opinião sobre o casamento gay, até porque não entendi exatamente toda a realidade que está embutida na expressão “casamento gay”. Como o filósofo, pelo menos tenho noção da minha ignorância. E você? Tem?

O maior perdedor do campeonato carioca 2013

Flamengo? Vasco?

Que nada, o maior perdedor do Campeonato Carioca de 2013 é o Fluminense. Perdeu Fred por no mínimo 3 semanas.

Os grandes times do Rio deveriam se recusar a colocar seus times principais para disputar os estaduais, não vale a pena colocar seus elencos em riscos para disputar partidas contra Audax e cia, especialmente sem uma preparação física adequada! Seus times principais deveriam estar fazendo uma pré-temporada decente ao invés de se desgastar com um campeonato cada vez mais ridículo.

Ah, mas tem a tradição dos estaduais. Pois é, estes estaduais não existem mais! Eu já achava deficitário o modelo de estadual que existia até meados dos anos 90, mas mesmo aquele torneio era infinitamente superior ao que temos agora. Trocamos o ruim por uma porcaria.

E os principais prejudicados são os donos do show!

A hora de abandonar o barco já passou. Faz tempo.