Nunca tinha ouvido falar do tal pastor Feliciano e o que vi já me basta para ter quase nenhuma admiração pelo sujeito. Parece que seu principal papel político foi agir junto ao eleitorado evangélico para mostrar que a Dilma não era tão ruim assim, que tinha uma alma cristã, etc. Ou seja, enganar o eleitor porque se tem uma coisa que a Dilma passa longe é do cristianismo e seus valores.
O fato é que tudo tem um preço não é mesmo? E o preço do pastor era uma comissão na Câmara dos Deputados. Coube o destino, e esse arremedo de democracia que vivemos, que a comissão fosse a tal dos Direitos Humanos e Minorias, que tem muito mais valor simbólico do que poder de fato. Paciência, o patriota do Feliciano está aí para ajudar o governo que ajudou a eleger.
Pois os mesmos que votaram na coisa ruim e se beneficiaram dos préstimos do bom pastor Feliciano agora não querem a consequência natural de suas escolhas. Parece que fizeram um pacto com o que consideram demônio e agora não querem pagar a fatura. Qual o problema de fato? O problema é o nome da comissão. Para um bando de deslumbrados, ela talvez seja a principal da casa.
Então é fácil resolver! O PSC e o tal Feliciano nem fazem tanta questão que seja esta comissão, pode ser qualquer outra! Dei uma olhada na página da câmara e descobri que existem duas comissões chefiadas pelo PT. A de Constituição e Justiça (Jesus amado!) e Seguridade Social.
Ao invés de protestar contra Feliciando, que tal protestar na frente da casa da Dilma para que partido troque a CCJ pela de Direitos Humanos? Afinal a defesa dos Direitos Humanos não era uma das bandeiras históricas do partido? As coisas tem significado e o PT pode passar a CCJ para o aliado PSC e ficar com a de Direitos Humanos! De quebra ainda podiam arranjar uma vaguinha para o Batistti como assessor parlamentar! Com direito a Suplicy cantando Blowing in the Wind e a Marta Suplicy fingindo que não quis espalhar que o Kassab era gay para ganhar a prefeitura em 2008!
Vamos valentes, coerência!